da qual lhe foi negada a água, a criação cristalina de deus
mas de dentro de seus olhos elas jorram
sem ao menos fazer pena de cair
e se perder no chão
verso rupestre
... eu te vejo povoado de ventos que tem forças de fantasias ...
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
domingo, 17 de novembro de 2013
as ondas do mar não se quebram
quando se jogam nas areias da praia
quem se quebra são as pedras
que se juntam na beira do mar...
Quebra, quebra estas ondas, meu bem!
tenta quebrar o que que quebra e o que se quebrou
estas alvas praias, são de pedras negras
que um dia o mar quebrou e depois lavou...
no mar não há nada que se quebre
pois tudo que há nele ja se quebrou
e este avança a alva praia
quer fazer do gente, areia:
como a pedra bruta que já se quebrou....
quando se jogam nas areias da praia
quem se quebra são as pedras
que se juntam na beira do mar...
Quebra, quebra estas ondas, meu bem!
tenta quebrar o que que quebra e o que se quebrou
estas alvas praias, são de pedras negras
que um dia o mar quebrou e depois lavou...
no mar não há nada que se quebre
pois tudo que há nele ja se quebrou
e este avança a alva praia
quer fazer do gente, areia:
como a pedra bruta que já se quebrou....
sábado, 21 de setembro de 2013
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
É hora, meu bem, de engomar nossas roupas
passar o ferro quente, bem na costura
sem deixar o amassado da lavagem
e das viagens
e guardar na mala que nos espera.
Fazer a tapioca, o café, manteiga da terra
bem preparado
para atravessar sertões, pontes-molhadas
cercados
colocar alecrim nos baús
e mais luzes nessas noites de breu.
Como quem está aprontando viagem
lembrando com cuidado, do que levar
coisas e lembranças.
Lavar na pedra do rio
essas roupas, algodão
com ternura e fortaleza
para alvejar, as roupas
lembranças e o coração
que percorrem comigo
essas estradas de meu deus...
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Sonho de ser Garrafa
Em uma pequena loja com os mais diversos vasilhames todos organizados em prateleiras, um pequeno frasco à beira da tábua suspensa la estava a pensar. Ele sonhava um dia se transformar em uma garrafa, estava cansado de sua vida enfadonha de ser um frasco. Enquanto os outros vasilhames tinham nomes bonitos como ânforas, jarras, odres, tonéis... e ele um frasco... O que fazer para eu me transformar pelo menos em uma garrafa? Interrogava-se. Talvez colocando matéria, coisas dentro de mim, e pudesse crescer, qual fermento na massa. E assim fez o pequeno frasco. Mas a cada momento que se preenchia, a matéria transbordava. Não adiantava colocar coisas dentro de si, pois as coisas escapavam. Não conseguiria deixar de ser um mililitro para ser um litro ou metro cúbico, afinal frascos foram feitos para serem diminutos. O baú que estava embaixo, consolou-o: as melhores fragâncias estão nos menores frascos! Águas paradas, águas profundas... Como poderei eu, pequeno frasco da loja, guardar a fragância ideal se não ha em mim a essência, e onde procura-la se sou feito apenas para armazenar e guardar, ja que espero que coloquem o volume dentro de mim? O bau com sua enorme boca, calou-se. Compreender como um frasco não pode ser uma ânfora, pode ser difícil. Afinal a matéria para se transmutar e se modificar necessita de força e tempo. As águas do mar necessitaram de milhares de anos, os minérios se transformam no metal à base do calor do fogo, ate os grãos de areia se juntam em dunas à custa de todo trabalho dos ventos... Como ser garrafa numa lojinha pequena? Os vasilhames foram feitos para serem vazios. Ainda que carreguem a água e o vinho, servem apenas para guardar e se esvaziar. Todos eles eram feitos de barro, vidro e porcelana. São duros, porém frágeis e dependentes das mãos de quem manuseia, traz e leva. Quanto mais vazios mais o risco de se esfacelarem seria maior, pois seria mais pesados, maiores, mas vazios. Até que aconteceu que as prateleiras começaram a romper e todos os vasilhames caíram no chão transformando-se em pequenos fragmentos, apenas restando o frasco que era menos vazio e levava menos coisas...
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
sábado, 13 de julho de 2013
Ontem choveu na minha terra e hoje o céu amanheceu limpo, claro, lavado. Colorido apenas de anil. Sobral estava fria como aguinha de riacho... assim quando agente toca pela primeira vez o pé no açude de manhãzinha. Saí de casa muito cedo, mas com tamanha singeleza, fui maneirando o freio do veículo para não chegar onde deveria ir: trabalho, obrigações. Pois eu ja Estava, não precisava Ir para canto algum.
sexta-feira, 10 de maio de 2013
domingo, 5 de maio de 2013
O lugar que o sol nunca nasceu
Foi depois. Havia tantas montanhas por aquelas terras que nem se sabia por onde os pés poderiam calcar o solo, se não fosse por entre pedras. Foi depois de tantos tempos...
O vento batia nas portas fechadas, nuvens habitantes de solos, noite escura sempre. Vazio. Alí o sol nunca nascia, na pequena vila, tão longe dos outros montes, as casas tão fechadas ao perigo da madrugada tão prolongada.
Somente se podia ver um minúsculo ponto no ponto mais alto da montanha: um vigia com um candeeiro olhava para o nascente querendo ver a aurora.
Mas como pode um lugar do planeta Terra nunca se ver o sol? Nunca se ouviu falar dessa história. De tão longe que era, o sol não alcançava e era dito para aquele povo que havia algo que nem um disco de fogo, quente que se movimentava pelo céu. Como sempre era noite, as pessoas dormiam e o vigia viria dar a notícia ao povo do dia quando os raios solares pintarem naquelas rochas e ele estava alí na choupana, vigiando.
- Os raios estavam vindo, diziam as pessoas, o tempo era lento... não se poderia cobrar velocidade do sol, já que era tão pesado e as montanhas eram inúmeras. Ele precisava de carros, bois e jumentos para arrasta-lo. Ora, seria um privilégio se ele tocasse aqueles lugares, nem se sabe se o tal de sol queria chegar ate la. Será que o sol precisa de cordas, quanto é a passagem para ele vir? Perguntavam as pessoas.
Até que uma dessas noites, o horizonte começou a matizar e o vigia que passara tantas noites acordado com o candeeiro na mão, pegou o sino e foi descendo a montanha escarpada, para avisar aos da vila que um dia estava nascendo e gritava com regozijo:
- Acordem meu povo, o sol está vindo! Venham ver!
Logo logo as portas se abriam e as pessoas se espalhavam pelas vielas, por cima dos galhos das árvores para ver o tal de sol.
- Acordem meu povo, o sol está vindo! Venham ver!
As pessoas olhavam para o céu escuro para ver o dito astro, mas voltaram para suas casas aos poucos, sem felicidade alguma. Eles estavam cegos de tanta escuridão.
- É verdade! o sol nunca há de nascer por estas terras, lamentavam as pessoas...
quarta-feira, 1 de maio de 2013
Lugar de origem
Perguntaram-me onde nasci.
Nascer se nasce várias vezes e em diversos lugares durante a vida.
É necessário percorrer os lugares, não somente com sandálias, mas com a alma.
Nascer se nasce várias vezes e em diversos lugares durante a vida.
É necessário percorrer os lugares, não somente com sandálias, mas com a alma.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
cartilha
Eu também caminhei entre montanhas
e vi coisas que não posso dizer:
os abismos ensinam quem quer crescer
faço como os profetas da bíblia:multiplico meus parcos sonhos
em tempos de secura
peixes e pães, maná do deserto, palavras
multiplico nas montanhas.
também tenho visões, clarividências:
por do sol, nuvens das serras, cume dos cerros
lugares onde o humano não toca com as mãos
lugares onde o humano não toca com as mãos
são esses horizontes
são cartilhas de (para) onde devo seguir...
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
dunas e sabedoria
Não irei me demorar aos ouvidos surdos
e aos homens que a sabedoria é inseto insignificante
porque até os grãos de areia sonham a permanência
e se transformam em dunas...
e aos homens que a sabedoria é inseto insignificante
porque até os grãos de areia sonham a permanência
e se transformam em dunas...
sábado, 12 de janeiro de 2013
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
fim do mundo
Vez por outra vemos serem divulgadas datas
acerca do "fim do mundo", coisas apocalípticas, catastróficas e
escatológicas... pouco se fala da propria precariedade em que o mundo
vive, das relações entre os homens e do caos constante no cotidiano, a
perversidade é tanta que, talvez, por isso que pensamos que iremos
acabar caindo em um abismo a qualquer momento e o fim do mundo é uma
justificativa...
O fim do mundo como pensamos parece ser uma redenção, um ponto final, divisor de águas da raça humana, afinal desde o gênesis fomos explusos do paraíso e marcados pelo pecado original (conforme a tradição judaica), mas estamos enganados. Achamos pouco as ondas de violência, genocídios simbólicos e raciais, desorganização entre estados mundiais até as pequenas violências cotidiana de nossos lares? Não é necessário que venha algo de fora que decrete o FIM, o proprio homem esta condenado a finitude e esta sua catastrófica sina é compartilhada por todos em forma de mal estar. O fim do mundo já começou há tempos (sorry, hello stranger!), não percebes?. O insuportável é tamanho que de vez enquanto pedimos um golpe de misericórdia e essas datas escatológicas são gritos surdos do mal estar na civilização, um pedido. "pai, não vês que estou queimando?"
O fim do mundo como pensamos parece ser uma redenção, um ponto final, divisor de águas da raça humana, afinal desde o gênesis fomos explusos do paraíso e marcados pelo pecado original (conforme a tradição judaica), mas estamos enganados. Achamos pouco as ondas de violência, genocídios simbólicos e raciais, desorganização entre estados mundiais até as pequenas violências cotidiana de nossos lares? Não é necessário que venha algo de fora que decrete o FIM, o proprio homem esta condenado a finitude e esta sua catastrófica sina é compartilhada por todos em forma de mal estar. O fim do mundo já começou há tempos (sorry, hello stranger!), não percebes?. O insuportável é tamanho que de vez enquanto pedimos um golpe de misericórdia e essas datas escatológicas são gritos surdos do mal estar na civilização, um pedido. "pai, não vês que estou queimando?"
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Quando nas caladas da madrugada
cito minhas novenas bíblicas e
rezo minhas preces poéticas
ao infinito que rodeia à minha frente
para espantara lucidez em meio a noite,
cativo do cansaço
labor
pinga orvalhando meus olhos tão secos
com a água desse sono tão quieto...
cobre de ternura esse peito tão cansado
do amor repousante
chega dessa viagem tão longa
e assenta ao meu lado e me conta histórias
para sonhar contigo mil e uma noites...
cito minhas novenas bíblicas e
rezo minhas preces poéticas
ao infinito que rodeia à minha frente
para espantara lucidez em meio a noite,
cativo do cansaço
labor
pinga orvalhando meus olhos tão secos
com a água desse sono tão quieto...
cobre de ternura esse peito tão cansado
do amor repousante
chega dessa viagem tão longa
e assenta ao meu lado e me conta histórias
para sonhar contigo mil e uma noites...
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
carro de horário
Com quantos ponteiros se faz uma espera
juntar em uma única medida
o esperar e o agir?
Contemplar sem destino
uma estrada reta, tapete asfaltado
é tão assustador quanto ver abismos
ventos e vazios.
domingo, 23 de setembro de 2012
roupas dos outros
Esta necessidade de se vestir com roupas de outros
desfilando com os fios que não lhe pertencem
só pelo gozo de estar em outras moradas
passaporte...
vagas de lisonja
lagos de narciso
Olhos de espelho
desfilando com os fios que não lhe pertencem
só pelo gozo de estar em outras moradas
passaporte...
vagas de lisonja
lagos de narciso
Olhos de espelho
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
meus olhos
Esta mão que insiste em esconder os olhos
e estes vêem além da pele
Essa insistência em não sentir aquilo que brota
brota aflora.
Esses olhos tão membranosos
Barbatanas que filtram o ar na água
assim é a realidade que vejo
recortada
e ainda assim, salta, come
quer ver
e estes vêem além da pele
Essa insistência em não sentir aquilo que brota
brota aflora.
Esses olhos tão membranosos
Barbatanas que filtram o ar na água
assim é a realidade que vejo
recortada
e ainda assim, salta, come
quer ver
sábado, 18 de agosto de 2012
Leitores do versorupestre
Gente,
como todos sabem o versorupestre, é um blog autoral e nele contém uma linha de pensamento, pesquisa e intenção, que é falar de coisas rupestres, simples, simbólicas, interioranas. Fico impressionado com a quantidade de visitas das pessoas no blog.
Agora fiquei curioso! quem são os visitantes do versorupestre, o que procuram aqui?
Obrigado galere!
como todos sabem o versorupestre, é um blog autoral e nele contém uma linha de pensamento, pesquisa e intenção, que é falar de coisas rupestres, simples, simbólicas, interioranas. Fico impressionado com a quantidade de visitas das pessoas no blog.
Agora fiquei curioso! quem são os visitantes do versorupestre, o que procuram aqui?
Obrigado galere!
Músicas Rupestres
Eu estava pensando esses dias sobre o quanto nos apegamos a coisas simples e delas fazemos nossas moradas em meio ao deserto, cimento, secura de nossos dias. Adoro músicas de Ali Farka Toure, Toumani Diabaté, Mercedes Sosa, Joni Mitchell, Milton Nascimento, Violeta Parra e tantos outros. Fico impressionado, são verdadeiras chuvas benfazejas! São verdadeiras rochas de proteção aos peregrinos! Considero que são musicas rupestres, falam de coisas primitivas, simples, folk
Agradeço simbolicamente a essa galera!
você são best music world!
Agradeço simbolicamente a essa galera!
você são best music world!
domingo, 12 de agosto de 2012
Exposição de Salvador Dalí em minha cidade
Palavras, nescedouros de imagens
corporifica, imagético imaginário
sertões rebeldes sem nomes, afeto
sábado, 21 de julho de 2012
quarta-feira, 4 de julho de 2012
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Dor
Este meu corpo carnal
sempre herdará para si
a dor incompleta
e por ser incompleta
é tragica.
Galopeia com golpes no ar
querendo te destruir por total
Oh dor incompleta
sempre uma parte de ti fica a sobrar.
Só me resta os ruídos dos meus rituais
gritos notuvagos
a exorcisar essa sombra
negra, nesga.
corroedora da existência que dói na alma
e ataca o corpo...
sempre herdará para si
a dor incompleta
e por ser incompleta
é tragica.
Galopeia com golpes no ar
querendo te destruir por total
Oh dor incompleta
sempre uma parte de ti fica a sobrar.
Só me resta os ruídos dos meus rituais
gritos notuvagos
a exorcisar essa sombra
negra, nesga.
corroedora da existência que dói na alma
e ataca o corpo...
domingo, 24 de junho de 2012
sábado, 23 de junho de 2012
postagem free
De noite e de dia, eu sonho
Sonhos De outras terras e paisagens
queria trazê-los até mim
até o bojo de minha mão
mas não pagasse tão caro pelo frete.
quinta-feira, 21 de junho de 2012
quarta-feira, 23 de maio de 2012
chuvas em Sobral
minha cidade não precisa de chuvas
foi criada no deserto
suas casas olham para o sol
as gentes não saem quando chove
as ruas se afogam quando neblina.
Ela só conhece o ventos
e agasalham quando serena
sua indústria trabalha com a secura
seu povo foi gerado observando nuvens...
os estrangeiros maldizentes
vem para esta cidade febril
Sobral é febre:
faculdades e casas
industrias e ventiladores
ar-condicionados
proliferam arrancando suor e dinheiro
chuva é placebo
domingo, 13 de maio de 2012
Mãe: vocacionada pela vida
Talvez as mães foram as primeiras criaturas da Terra a entender o que é amar, sofrer por amor e ter amor pela vida. São elas que em meio ao deserto faz crescer a vida e plantá-la cotidianamente, em meio as infinitas improbabilidades, as mães fazem o inacreditável para continuar e ver seus filhos. O amor ensina a vida.
Acho que ainda são poucas as mães no mundo, necessitamos de mais mães, mãos de mãe, olhar de mãe, ser mãe. Senhor, obrigado pelas mães, mas a messe é grande, manda teus operários mais efetivos que são as mães para implantar o amor no mundo! Quem nunca chorou ao falar ou pensar em mãe?
Que as mães possam plantar sementes em seus filhos e nos vocacionem para a vida e sermos mães de outras proles...
Acho que ainda são poucas as mães no mundo, necessitamos de mais mães, mãos de mãe, olhar de mãe, ser mãe. Senhor, obrigado pelas mães, mas a messe é grande, manda teus operários mais efetivos que são as mães para implantar o amor no mundo! Quem nunca chorou ao falar ou pensar em mãe?
Que as mães possam plantar sementes em seus filhos e nos vocacionem para a vida e sermos mães de outras proles...
sábado, 12 de maio de 2012
silencio e palavra
Há tantos silêncios que precisam revelar-se
e as palavras tem conexão com o coração:
falar ou calar são palavras também
Deixa que as folhas caiam, deixa...
ainda que a muito custo a seiva nasça
e teus galhos fiquem tão solitários
é assim a vida, do mesmo jeito que o sertão
não coloque asas aos sapos
nem prenda as folhas que irão cair
Até as tempestades são geradas
no silêncio de uma gota d'agua.
e as palavras tem conexão com o coração:
falar ou calar são palavras também
Deixa que as folhas caiam, deixa...
ainda que a muito custo a seiva nasça
e teus galhos fiquem tão solitários
é assim a vida, do mesmo jeito que o sertão
não coloque asas aos sapos
nem prenda as folhas que irão cair
Até as tempestades são geradas
no silêncio de uma gota d'agua.
segunda-feira, 30 de abril de 2012
segunda-feira, 23 de abril de 2012
terça-feira, 17 de abril de 2012
notícias
Nas sacadas destas praias
trazendo tantos sonhos do fundo
Venha com seus preciosos cintilantes
nesta noite sem lua, venha com suas espumas
trazer um gole senão, de uma boa fonte
traga também uma mensagem só minha
mas grave, nas areias, que tuas ondas
irão apagar... pois são só minhas...
trazendo tantos sonhos do fundo
Venha com seus preciosos cintilantes
nesta noite sem lua, venha com suas espumas
trazer um gole senão, de uma boa fonte
traga também uma mensagem só minha
mas grave, nas areias, que tuas ondas
irão apagar... pois são só minhas...
Vigília
Guarda-te
De ficar em vigílias
catando suas estrelas celestes perdidas
que um dia caíram nas tuas imensidões.
cuida de te resguardar dos ventos
e miasmas lisongeiros.
cuida daquelas histórias
que comporam teus sonhos de menino
para um dia contar aos outros
tuas bobas lendas
Guarda-te da explicação
perde teu cargo
reclina tua cabeça e pés na areia
trarão ainda que de longe
mensagens para os teus trópicos.
De ficar em vigílias
catando suas estrelas celestes perdidas
que um dia caíram nas tuas imensidões.
cuida de te resguardar dos ventos
e miasmas lisongeiros.
cuida daquelas histórias
que comporam teus sonhos de menino
para um dia contar aos outros
tuas bobas lendas
Guarda-te da explicação
perde teu cargo
reclina tua cabeça e pés na areia
trarão ainda que de longe
mensagens para os teus trópicos.
sexta-feira, 13 de abril de 2012
plano de fundo
O novo plano de fundo do blog é uma fotografia de uma pessoa que tenho bastante admiração: Tiago Xiquito. Fotógrafo amador de grande sensibilidade e criatividade. A imagem foi feita em Porto Seguro, Bahia, Brasil, 2012. Créditos a ele.
sexta-feira, 30 de março de 2012
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
domingo, 5 de fevereiro de 2012
as pernas do tempo
O tempo parece que tem pernas
quer só ir
não impato dele seguir
segue, segue, persegue.
domingo, 22 de janeiro de 2012
o Amor
eu te amo porque você gosta de fotografia
e pega as minhas imagens
como eu nunca imaginei.
eu te amo por que você me alimenta
com historinhas do seu dia a dia
coisas boas, alentadoras.
O nosso amor é natural
é como a terra e o sal
nasce sem a gente saber...
e pega as minhas imagens
como eu nunca imaginei.
eu te amo por que você me alimenta
com historinhas do seu dia a dia
coisas boas, alentadoras.
O nosso amor é natural
é como a terra e o sal
nasce sem a gente saber...
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
noites tropicais
As noites nos trópicos são as mais misteriosas. Os saberes humanos não alcançaram suas vegetações e geografias escusas. Agrestes. A tua ciência não chegou para dizer, basta que vejam e sejam livres dos saberes dos homens, esses desertos são os mais vivos. As tuas sombras escondem mais coisas que imaginam e tuas vegetações encantam mais que poucos olhos podem prescrutar.
sábado, 7 de janeiro de 2012
versorupestre no facebook
O versorupestre é marca registrada, está também no facebook
siga-o:
https://www.facebook.com/pages/verso-rupestre/256437271060195
siga-o:
https://www.facebook.com/pages/verso-rupestre/256437271060195
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
dentro/fora
Nas rajadas da noite
eu fico daqui de fora
olhando o que se passa dentro
há tantas coisas lá fora
há tantas coisas lá dentro
eu fico daqui de dentro
olhando o que se passa fora
como é claro lá fora!
como chove por dentro!
domingo, 27 de novembro de 2011
sábado, 26 de novembro de 2011
cosmogonia
O céu se forma
quando o escuro é manchado de luz
pelas ditas estrelas
Nessas cidades há tantos escuros
esperando se tornar céu
buscar estrelas
quando o escuro é manchado de luz
pelas ditas estrelas
Nessas cidades há tantos escuros
esperando se tornar céu
buscar estrelas
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
domingo, 30 de outubro de 2011
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
ariadne
Não tenho coisa mais certa que essa:
sempre que vou
se precisar, eu volto
compro sempre a passagem de ida
e vou tecendo a das voltas.
Meus caminhos são de Ariadne
eles sabem de outras saídas...
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
sábado, 24 de setembro de 2011
Nessa pasagem da noite
e vou lendo meus versículos sanctos de minha história
que vão se misturando na cola cotidiana
resta ainda mais a procura sobre a vida
de encontrar a partilha
de encontrar o quereres desconhecido nas veredas pelos mundos...
mundos que vem e que virão
dos ventos
Os ventos sempre foram os meus confidentes, como também meus conselheiros. Vão arrastando contando os ditos pelos mundos... Arrancando poeira dos despudorados: eita vindimunho! Escandalizando as árvores derrubando suas folhas.
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