sábado, 22 de janeiro de 2011

verso rupestre



O meu verso é rupestre
É gravado nas pedras
E escrito com os materiais da terra
E sobre esses materiais formam meu canto

trans-figuração

Quero sentar entre dunas e olhar para o mar
Vendo o sol se por
E meus pés andarem sobre areias da praia
Enquanto as vagas do mar
Me saúdam e voltam...
Quero um pôr do sol e olhar para o céu
O céu lindo e azul do Brasil
Dar um abraço nos amigos queridos
Na paz dos sertões
E viver a vida como se sempre em férias
Ver o vento zoar
Quero nuvens, céu, água e mar
Quero luz, quero vida
Quero quero
Ver a imensidão do mundo
É ver as possibilidades que me esperam
Ter a alma encharcada de vida
E transfigurada o tempo todo
Em forma de poesia...

verso

Quantas saudades você me traz...
As florzinhas brancas que nasciam na calçada
Nove-horas e flores bravas do sertão
As conversas levadas pelo vento.
Quando o dia escurece, eu me sinto triste
Por não falar com você
No brasilsão de meu Deus
Sua fala verde, seus olhos castanhos, que me lembram o azul
Do meu sertão tão querido
Era tão bonito te ver, sertão, nossa fala domingueira
Trajada pelo familiar
O silêncio entrecortado pelos
Nossos risos infantis
Gosto tanto de tuas cores primárias
E da beleza dos campos não cultivados
É quando enterro os meus pés na areia
E sinto:
Logo criam raízes
Para beber nas tuas fontes mais profundas