quinta-feira, 17 de março de 2011

Crianças ou e Igrejas


Tenho o costume de todos os domingos ir para a igreja. E é costume de muitos tempos, ensinado, aprendido, gostado. Logo a missa, que é um rito e necessita de muita atenção, silêncio. Mas de vezenquanto acontece que todo esse silencio é cortado, pelos erros dos cantores ou dos padres ou coroinhas, quando algum louco fica falando com as pessoas ou quando algumas crianças gritam, correm em meio aos corredores ou choram ecoando pelos arcos, púlpitos e altares. Parece que as igrejas e crianças não dão muito certo, desconcentram os fiéis, os pais ficam correndo atrás das crianças... mas um certo padre dizia vendo a aflição das mães: 'deixem que esses meninos corram por aqui, podem deixar! Eles estão louvando a Deus..." não é à toa que sua igreja está repleta de crianças brincando enquanto se reza a missa.
Certo domingo incomodei-me bastante com um menino, enquanto brincava com um carrinho por baixo dos bancos. Virei-me e encarei os pais e o próprio menino. Ao mesmo tempo refleti sobre o que eu fiz. Muitas vezes penso, que elas aprenderão a ser tão sisudas e acharão, um dia, que deixarão para trás o ser infantil. Mas além disto, fiquei me perguntando sobre essa nossa própria sisudez, as crianças são personagens que quebram o provável, desconcerta, desconcentra. Resistência.

4 comentários:

  1. Não sei muito bem o que é infantil, maduro ou apenas certo para aquele momento da vida.

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  2. As crianças são personagens que quebram o provável, desconcerta, desconcentra. Resistência.

    Sim, sem probabilidades, sem amarras, (re)inventando, refazendo cada uma ao seu modo, ao seu jeito e ao seu tempo!

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  3. Lembrou o deixai vir a mim as criancinhas...

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