terça-feira, 26 de abril de 2011

As profecias do Polvo Paul





























Na época da copa do mundo 2010, para quem estava acompanhando os noticiários mais bobos ou mais ingênuos, viu que existia um "profeta" que previa qual seleção iria ganhar a partida. Esse "profeta" era o Polvo Paul. Com muitas resistências para acreditar em tal coisa, pensei que uma brincadeira. Brincadeira boba? As crianças dizem muito quando brincam... Não sei, sinceramente! Parece que não foi o homem que saiu dos trilhos, mas o mundo, como dizia Hannah Arendt...
Essa incoerência em acreditar em "profecias de polvos" é o que mais me espanta! Parece que estamos tanto desacreditados, mentirosos, nossas notícias nada falam, como se outras coisas desligadas da lógica humana pudesse dar respostas aos emaranhados do mundo... demandam certezas, que procuramos silenciosamente esconder e queimar verdades. Demanda-se respostas aos objetos, fúteis razões em animais: em um polvo com seus tentáculos incertos, em mais uma tentativa em vão de dar coerência ao incoerente, caindo no vão. Assuntando respostas que não tem, e dar uma cara ao Real que não tem cara, assim como mandar cartas para endereços ausentes...

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