segunda-feira, 25 de abril de 2011

o vendedor de naftalinas

Todos os dias quando passo pelas calçadas de minha cidade, vejo um vendedor de naftalinas sentado no chão em uma porta de uma loja vendendo naftalinas. Mas todos os dias elas se sublimam. Não compreendo essa insistência tamanha em vender algo que se sublima e desaparece todos os dias, numa venda inútil, atividade unútil. Talvez para este trabalhador não seja uma questão importante em gastar seu lucro diário em bolinhas misteriosas e estar alí por estar. Talvez possa nos perguntar quantas e quantas vezes nos engajamos em atividades inúteis apenas por repetir, recordar mais uma vez, acontecimentos escusos se engajando, se sujando, se sublimando...

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